Intolerância ao glúten e a lactose
Ser intolerante ao glúten não é uma coisa fácil de se lidar, some a isso a intolerância a lactose e aumente o nível de dificuldade. Realmente é muito difícil ser intolerante ao glúten e a lactose.
Depois de anos passando mal com diarreias frequentes, episódios constantes de alopecia decidi ir mais uma vez ao gastroenterologista, já havia feito varias endoscopias e colonoscopias onde o resultado era sempre negativo. Com a piora dos sintomas resolvi ir mais uma vez ao medico, foi quando descobri a intolerância a lactose.
Fui informada pela médica que não era intolerante ao glúten (foi essa palavra que ela usou) mas era intolerante a lactose e tinha esofagite de Los Angeles grau d. Mas para minha alegria estava tudo tranquilo, de acordo com a médica era só eu tomar o remédio para esofagite e passar a consumir produtos zero lactose e quando eu tivesse vontade de comer uma pizza estava tudo tranquilo – É só tomar enzima!
Santa inocência a minha… eu acreditei.
Fui para casa e no caminho claro que passei na farmácia e comprei as fabulosas capsulas mágicas… e ainda como não poderia faltar fui ao supermercado comprar todos os produtos zero lactose disponíveis (nessa época ainda não sabia como era difícil achar esses produtos).
Cheguei em casa e consumi minhas comprinhas e continuei passando muito mal. Para falar a verdade eu piorei bastante nessa época.
Comecei a ler e me informar sobre intolerância alimentar e acabei descobri que além da doença celíaca existe a intolerância ao glúten e a sensibilidade ao glúten, e que elas são bem diferentes entretanto causam os meus sintomas no organismo da pessoa.
Foi então que descobri que ao contrário do que a médica disse eu era sim intolerante ao glúten, afinal não necessariamente você precisa ter a doença celíaca para ter intolerância ou sensibilidade ao glúten.
Retirei o glúten da alimentação, comecei a cuidar com a contaminação cruzada mas a diarreia, os gases, o inchaço e a enxaqueca não passavam.
Comecei a perceber que os produtos zero lactose não eram tão zero assim, fui procurar mais informações e descobri que, pela lei alimentos rotulados como zero lactose podem ter uma pequena quantidade de lactose em sua composição e mesmo assim apresentarem o rótulo de ZERO LACTOSE, ou seja, dependendo do seu grau de intolerância você vai ter reações adversas.
Excluí esses alimentos “enzimados” e também parei com as enzimas digestivas, no meu caso especificamente elas não fazem efeito pois minha intolerância é severa, passo mal mesmo utilizando elas, então pelo bem da minha saúde eu resolvi não utilizar mais enzimas digestivas nem produtos a base de leite animal.
Por gostar muito de cozinhar não tenho muita dificuldade de encontrar refeições, consigo adaptar a maioria das receitas, e tenho conseguido me manter limpa, sem glúten ou lactose, e para um intolerante ao glúten e a lactose isso faz toda a diferença.
Se você ainda é novo nesse universo da intolerância alimentar ou se apesar de ter diagnostico a mais tempo você ainda tem dúvidas fique calma. Com o tempo você começa a perceber o que te faz mal, consegue identificar melhor os alimentos e as reações que lhe causam,
Eu sou adepta do diário alimentar, acho que é super útil e eu uso até hoje.
Se você quiser fazer um diário alimentar é fácil basta pegar um caderninho qualquer e anotar tudo que você come… até mesmo a bala. É tudo mesmo!
Você anota os alimentos ingeridos e os sintomas que teve no decorrer dos dias: Dores de barriga, enxaqueca, dores nas articulações, gases. Com o passar dos dias você vai conseguir identificar os alimentos que lhe causam mal.
Se esse for o caso você pode prosseguir para uma dieta de eliminação onde você vai excluir o alimento suspeito da dieta e ver as reações que aparecem. Escolha um alimento por vez para testar. Você pode fazer o teste por 2 semanas e ver se melhora. Caso você melhore, você achou o alimento que lhe faz mal. Caso você continue passando mal você precisa fazer de novo dessa vez com outro alimento que considere suspeito.